Buteco. O Stri é um bom exemplo do que entendemos por buteco. Boa área pra ficar (tem até uma ala vip em um puxadinho na lateral!), mesas e cadeiras de plástico, sem música alta e ambiente descontraído. Logo de cara já deu pra perceber o atendimento de primeira; pessoal atencioso (dois caras: o Stri mesmo e o ajudante corintiano). No meio da “seção”, eis que aparece um bilheteiro (loteria federal), digamos, peculiar. Assumidaço e escrachado, o Luizinho conseguiu, sem fazer esforço, nos vender um bilhete fechado e valeu por que demos boas gargalhadas; e, se dermos sorte, quem sabe o próximo “Os Barnaquinta” não vai ser em Madri! O único ponto negativo quanto ao lugar, e não é nem culpa do Stri, é que o banheiro tava brabo no final da noite! Pra beliscar, petiscos simples, mas bem feitos. O cardápio não é pra qualquer um (especialmente para um certo espanhol). No destaque do dia, dobradinha, língua de boi em molho e torresmo; provamos todos, acompanhados de malagueta bem curtida, e estava tudo muito bom. Para os paladares menos arrojados (como o de um certo espanhol), também rolam espetinhos de carne e a “tradicional saladinha” (que não parece salada coisa nenhuma: presunto, queijo e salsicha curtida no vinagre cortados e um pouco de azeitonas e uns pedaços de tomate). Mas tudo bem razoável também. Polenta não tinha (novo fracasso no desafio). Cerveja parecia gelada e a cuba libre estava especial (ai meu Deus!). Na mesa do lado, o Stri deitou na mesa um panelão com galinhada até na tampa, encomendado com antecedência pela rapaziada. Barulho de pratos e talheres e o pessoal com cara de satisfeito; sobrou até pra cada um levar uma marmitinha pra casa (provavelmente uma média com as patroas). Daí a pouco, vem o Stri com a conta escrita em um pedaço de papel de pão e alguém da nossa mesa soltou: “Agora é a hora boa, né Stri?”. A resposta veio num foguete e de lá de dentro: “Nada. Gosto mesmo é de fazer as coisas.”. Matou a pau!