domingo, 27 de novembro de 2011

Republica Checa 26/11/2011





Bratislava, Eslováquia

Esse não é um destino turístico muito comum pra gente. Não é por falta do que ver, pq o país tem uma vasta história e muitos lugares com áreas naturais bem preservadas e bem bonitas. Minha ida a Bratislava aconteceu pq tenho um amigo que é de lá e que me convidou para uma palestra e, de quebra, um pouco de turismo. Como estou relativamente perto, decidi aceitar o convite e fui. Acho que tem um pouco de “lenda” quando se fala que viajar pela Europa é rápido, que tudo é perto. Claro, comparado com o Brasil não tem discussão, mas se olhar a coisa por si só, não é tão mole assim. Para chegar de České Budějovice a Bratislava me custaram quase oito horas de viagem, incluindo aí uma espera de duas horas para a “baldeação” (essa palavra é mais antiga...) em Brno (cidade que já visitei aqui na República Checa). Pra ajudar, embora não tenha causado nenhum atraso ou problema, antes de chegar em Brno passa a controladora (a pessoa que fica conferindo se vc tem passagem ou não) gritando em alto e bom checo alguma coisa que não entendi nada, claro. Nessas horas, vc vira boi no meio da boiada e vai fazendo o que a maioria da galera faz. E torce pra ter escolhido a referência “bovina” certa. Pelo que entendi, estavam fazendo algum reparo na linha do trem e então tivemos que, descer uma estação antes, pegar um ônibus, desviar do trecho em obras e chegar na estação seguinte. Vc vai indo, mas é meio roleta russa; quase ninguém aqui no sertão do país fala inglês. Mas deu certo e a viagem rolou legal. Quando cheguei na estação, o Ľubomir Kováčik (o Luboš; se fala Lubósh) já estava me esperando. É um cara já sessentão, muito amigável e atencioso e já tinha tudo preparado para os dias que ficaria lá. Vcs todos do OBNQ (digamos, experientes) lembram que Eslováquia e República Checa foram um só país durante algumas décadas (depois da primeira guerra; a Tchecoslováquia), mas nem a língua é a mesma. São parecidas, mas para quem sabe pouco, as diferenças ficam muito grandes. Como estava com o Luboš, não me preocupei em falar nenhuma palavra. O maior problema mesmo foi o clima. O tempo estava bem ruim e atrapalhou muito; difícil ficar muito tempo exposto andando na rua com a temperatura negativa, mas tocamos o barco. A cidade, que é a capital do país, é bem velha (isso não é uma raridade aqui nessa região). Há registros da existência de assentamentos aqui desde o período neolítico ((pausa pra caipirada: 7000 anos atrás)) e a história é bem longa (em http://visit.bratislava.sk/en/vismo/dokumenty2.asp?id_org=700014&id=1030&p1=1587 tem a cronologia da cidade e é bem legal ver). Tem lugares históricos (muitos) e coisas bem modernas também. Li em alguns lugares que alguns gostam de chamá-la de “pequena grande cidade” por essa coisa da modernidade. A população passa um pouco de 400 mil habitantes; não é lá grande coisa para os nossos padrões, mas... Fica bem próxima da divisa com a Áustria e é cortada pelo Danúbio; essa época não é boa pra turismo, mas no verão há passeios de barco que partem de Viena e de Budapeste e vão até Bratislava para passeios de um dia. A maioria do povo é católica e a presença da igreja é forte, embora o número de ateus declarados esteja aumentando (fenômeno dos dias modernos!). Uma das visitas que fiz foi à Basílica de São Martin, construída em 1221. Nem precisa falar que é bonita. Legal é que assisti uma apresentação de um coral cantando músicas sacras, de uma orquestra de câmara e de um organista (tocando aqueles órgãos de tubos); foi bem bacana. Conheci também o Castelo de Bratislava. Fica no alto de uma colina e foi quase que totalmente renovado há pouco tempo; ainda há sinais de obras por lá. Como era segunda-feira, não vi por dentro pq é o dia que fecha, mas é um passeio recomendado. Os primeiros registros escritos desse castelo são por volta do ano 900; imagina o que as paredes não testemunharam desde esse tempo! Como fica no alto do morro, a vista da cidade desde lá de cima é bem bonita, embora, o tempo estivesse bem ruim naquele dia (tatu...). Logo na frente do castelo, fica o Parlamento (Eslováquia, como muitos países europeus, é parlamentarista). Passei um dia inteiro, e bom, na universidade do Luboš, a Univerzita Komenského (Universidade Comenius), fundada em 1919; é a maior e mais velha do país e tem prédios espalhados por toda a cidade. Quando passei pelo centro da cidade, vi que eles estavam “construindo” o mercado de natal; cheguei uma semana adiantado e não vou ver isso; pena. Por todo o centro, tem esculturas bem legais e que viram ponto de referência. Vi dois dos famosos: o paparazzi e o Rubberneck (uma estátua de um cara saindo do bueiro); mas tem mais. Há também vários bares. Cheguei a conhecer um típico eslovaco e um cujo tema é o Rio de Janeiro. Pra mim, foram dias muito legais pq tive um pouco de folga e estava sendo guiado por um amigo. E vcs já sabem, amigos fazem falta. Essa minha viagem continua em Budapeste. Conto depois. Ahoj.


 






 


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