sábado, 8 de outubro de 2011

Republica Checa 06/10/2011

Budweiser Budvar Pivovar, České Budějovice, República Checa.
Meus caros, hoje estou feliz! Estive em um dos lugares míticos para os cervejeiros do mundo: a cervejaria da Budweiser original! Não aquela coisa aguada americana, mas a do néctar extraído dos cereais e manipulado com maestria à  perfeição (e ao qual algumas pessoas têm alergia; dane-se o Brasil; quando voltar, cuido disso de novo; deixa empipocar!). Bom, pompas à parte, essa cervejaria é mesmo emblemática. Esteve envolvida durante uma década ou mais brigando com a cervejaria americana pelo nome e hoje parece que dividiram o espaço. Nas Américas, a americana fica com o nome e a checa passa a se chamar Chechvar (acho que dá pra achar essa cerveja no “lugar de gente feliz” a 10 ou 12 cruzeiros a garrafinha) e por aqui, na Europa, a cerveja checa é chamada de Budweiser Budvar (a 2,5 cruzeiros a garrafinha de meio litro). Daria pra fazer um passeio pela cervejaria, mas estou aqui pra trabalhar e não tenho tempo de fazer essas coisas J. Como é sexta-feira à noite e passei a semana a pão e salame (lembram dele?), fui comer algo na cervejaria (mandei um maravilhoso “cordon bleu” e uma panqueca de batata – branborák - pra dentro) e, por acaso, acabei experimentando umas brejas de lá. Por acaso também, tomei todos os tipos. Comecei pela escura (booaaaa demaisssss), passei pela “super-strong” (mais amarga, mas a melhor de todas) e depois pela comunzona deles. Interessante que eles se referem à cerveja em graus (9,0, 9,5, 10, 12 e 16, como no caso da super-strong), mas isso não significa graduação alcoólica e sim uma relação com o amargor (preciso entender melhor isso; ainda tá meio confuso; a medida é em gravidade!). O álcool é mesmo por volta de 5%, como nas nossas cervejas aí. O lugar é legal, até certo ponto aconchegante, mas o Serra aqui não tem vez; é muita gente fumando em qualquer recinto fechado e o cheirão de cigarro vai durar a semana toda. O clima é de festa; gente falando alto e, aparentemente feliz. Sentei numa mesa grande, sozinho óbvio; não tenho nem família, nem amigos por aqui. Passaram alguns minutos e o garçom pediu para que eu dividisse a mesa com um cara. Disse que sim, claro. Logo que sentou, o cara começou a conversar. Também não era checo, mas austríaco. Fomos batendo um papo. Falou do Brasil, que conhecia vários lugares (Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Guarujá...), de países que morou (Itália, França) e de onde está trabalhando agora (República Checa e Eslováquia). Também falei um pouco das minhas viagens (muito menos, sem dúvida). Papo vem, papo vai. “O que vc faz?” para ambos. Eu sou professor e ele, o Robert, é CEO da OSRAM por aqui (fala a verdade, dei um upgrade nas minhas amizades! Não sei pq essa pobretada de Rio Preto me faz tanta falta!). Sujeito boa praça demais; falamos sobre tudo, sem nunca termos nos visto. Mas, o que mais me impressionou nele é que em março desse ano recebeu o diagnóstico de câncer de cólon; coisa grande! Passou por uma cirurgia e, entre uma quimio e outra, de passagem por Budějovice (o Audi dele quebrou!), ele estava tomando uma Bud Budvar em alto astal. E dessa vez foi comigo! É mais um “Os Barnaquinta” que vai estar nas minhas orações











Um comentário:

Anônimo disse...

Branco meu véio, parabéns, que Deus continue te abençoando e vê se deixa um pouquinho pra nóis!!!!! rsrsrsrsrsrs